segunda-feira, 2 de julho de 2007

RESTAURANTE FLUTUANTE

No início da década de 60 do século passado, um grupo de bon vivants, que costumava aproveitar, nos fins de semana, o banho das praias que formavam no Rio Parnaíba (coroas), resolveu criar um ponto de apoio para seus entretenimentos. Sobre tambores de óleo vazios, montaram uma leve estrutura de talos de buritís (bar e cozinha), que era rebocada até às coroas – logo foi denominada de Flutuante.

Em meados daquela mesma década, José Garcia Maia adquiriu o Flutuante e ampliou as instalações. Substituiu os tambores por grandes caixas de madeira e as divisórias de buritís por madeira serrada. Como já estava famoso o peixe que ali era preparado e para incrementar o cardápio, trouxe o Mestre-Cuca Baiano, cozinheiro famoso, que aumentou o bom conceito do restaurante. Ainda hoje, existe no menu o prato que o imortalizou – Filé à Mestre-Cuca.

No começo dos anos 70, Garcia se muda para o Maranhão e passa o comando do Flutuante para o seu sogro, Adelmar de Sousa Lima, que ali já trabalhava. Desde então, o famoso restaurante, é gerenciado por ele e por seus familiares.

Na atualidade, o Flutuante está enredado em uma Ação Civil Pública (ACP no 2000.3419-0), movida pelo Ministério Público Federal, em conjunto com o Ministério Público Estadual, União e IBAMA, em face do Município de Floriano (PI) e outros, onde se reivindica seja desocupada área de 200m ao longo da faixa direita do rio Parnaíba em Floriano - PI, contados para a terra, a partir da margem, numa extensão de 9.000m de comprimento, compreendendo a área urbanizada de Floriano, do Riacho da Canoa - sentido Norte, até o Clube Beira-Rio - sentido Sul, “bem como de um estabelecimento comercial flutuante que funciona sobre a própria lâmina d’água do rio”.